A Sinagoga Espanhola é um belo exemplo de arquitetura de inspiração árabe-andaluza, realçada por uma decoração esplêndida. A sinagoga alberga duas exposições que testemunham o seu passado e o da comunidade judaica.
Construída em 1868 no bairro judeu, a Sinagoga Espanhola é o símbolo da comunidade judaica checa emancipada. Após anos de opressão, os judeus obtiveram o direito de cidadania em 1848, mas só em 1867 é que esses direitos foram consagrados na lei. Um ano mais tarde, foi construída a Sinagoga Espanhola.
Situa-se no antigo local da sinagoga mais antiga de Praga, a Escola Velha, que foi destruída em 1897. Fechada ao público durante 20 anos devido à sua reconstrução, reabriu as suas portas em 1998 para o seu 130º aniversário.
Obra dos arquitectos Vojtěch Ignác Ullman e Josef Niklas, a sinagoga é constituída por uma sala central quadrada encimada por uma cúpula. Em três lados, as galerias abrem-se para a nave principal.
A maior sinagoga de Praga destaca-se realmente das outras sinagogas do Bairro Judeu em termos de decoração e inspiração arquitetónica. A sinagoga é rica e soberbamente decorada num estilo neo-mourisco que faz lembrar a Alhambra na Andaluzia. Os arabescos em estuque dourado e os motivos orientais repetem-se nas paredes, bem como nas gravuras das portas, nos ornamentos das balaustradas e em duas das galerias. A enorme cúpula dourada e os vitrais coloridos são particularmente impressionantes.
A sinagoga abriga a exposição permanente História dos Judeus na Boémia e na Morávia dos séculos XIX e XX, que dá continuidade à exposição na Sinagoga Maisel. Atenção especial é dada ao Holocausto, especialmente ao destino dos judeus no gueto de Terezín.
No piso superior, a sinagoga alberga igualmente uma exposição de pratas da Boémia-Morávia dos séculos XVII a XX.
No exterior da sinagoga, encontra-se o monumento a Franz Kafka. Perto da rua Dušní, onde Franz Kafka viveu, a estátua fica no local exato onde se situa a fronteira entre os bairros da Cidade Velha e do Bairro Judeu de Praga.
